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Simpósio da Ovinocultura discute a indústria da carne ovina

A indústria da carne ovina foi um dos temas em debate na programação do 22º Simpósio de Ovinocultura da Região Sul, aberto na manhã desta segunda-feira (9) na Casa da Amizade, no primeiro dia da 97ª Expofeira Pelotas, atividade que integra a Conferência Rural do evento. O empresário João Bernardo da Silva Filho, sócio-proprietário do frigorífico Carneiro Sul, de Sapiranga (Vale do Sinos), ministrou palestra na qual abordou a histórico da planta industrial, hoje uma referência no abate de ovinos, além de processos produtivos, tendências de mercado atual e futuro, os produtos que o varejo necessita e cases sobre a conexão varejo-campo.


O acesso à carne de ovelha no varejo foi um dos pontos tratados na palestra. De acordo com o empresário, a indústria hoje está “muito melhor posicionada”, investindo nas redes de supermercado que têm volume maior de clientes - situação favorável à expansão deste mercado. “A ovinocultura ainda tem muito a crescer, o consumo per capita anual é de 400 gramas, com os investimentos que a indústria vem fazendo é muito provável que nos próximos cinco anos a gente vá ter oferta da carne ovina no mercadinho do bairro, da esquina, porque o comércio está acreditando na carne ovina, deve ter crescimento da oferta nos próximos anos no varejo no geral”, avalia.


Para ele, esta realidade não estará disponível somente ao consumidor gaúcho. O mercado se expande para além do RS. Com cerca de 60 mil abates anuais, o frigorífico Carneiro Sul vê uma demanda crescente por carne ovina em Santa Catarina, Paraná e no sempre desejado mercado de São Paulo, o maior do País. “O potencial do mercado ovino no Brasil é muito grande, embora a oferta inclusive no Rio Grande do Sul ainda não seja a que desejamos, mas isso é oportunidade para a indústria e para o produtor rural, uma oportunidade para chegar ao consumidor que ainda não tem acesso facilitado ao produto”, afirma João Bernardo Filho.


Embora a maior parte da matéria-prima esteja localizada na Fronteira Oeste, numa área que vai de São Gabriel a Bagé, o empresário não vê problemas. A localização próxima à Região Metropolitana de Porto Alegre garante agilidade no atendimento ao cliente. “Em 24 horas já está no ponto de venda”, diz.



(Foto: Edu Rickes)


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